O Colégio
Nossa Senhora do Bom Conselho, que abriga também o Convento das Irmãs
Franciscanas de N.S. do Bom Conselho, é um lugar especial. Atravessou mais de
um século guardando em sua memória, a saga de seus pioneiros religiosos, a
formação para Deus e para a vida de milhares de alunas, e a vida reclusa das
irmãs franciscanas concentradas em sua devoção.
O prédio é uma espécie de monumento de beleza neoclássica erguido na imponência dos que vieram para ficar. As portas e janelas parecem olhos a fitar a cidade, dando conta de cada passo do seu dia a dia. Há nas salas de aula, salões, capela, corredores infindáveis, jardins e dependências outras, um ar de história religiosa e de serviço prestados.
O Convento foi fundado pelo Frei Caetano de Messina com o objetivo de abrigar as jovens carentes, dar-lhes instrução e formação. A Congregação teria surgido ali, quando quatro jovens do lugarejo de Papacaça, atendendo ao chamado de Cristo para segui-lo, decidiram dedicar suas vidas a Cristo. Foram acolhidas pelo Frei Caetano e chamavam-se Tereza Teixeira Vilela, Natália Gomes Brasileiro, Isabel Gomes Brasileiro e Maria de Jesus Camello.
É nesse ambiente de fé e compromisso com Deus, que encontramos a Irmã Terezinha. Uma das onze irmãs que habitam o Convento. Natural de Bom Conselho, ela está prestes a comemorar 25 anos de seu ingresso na Ordem. Nos revela que se trata de uma vida de oração, sacrifício e doação. É voltar-se ao espirito de reconciliação consigo mesma e com Deus, afirma Irmã Terezinha. Ao longo de mais de duas décadas de conversão, jamais se arrependeu um dia sequer, de ter escolhida a vida religiosa. Mas adverte que é preciso ter vocação e obediência a todos os princípios e regras que regem todo Convento e toda ordem religiosa nesses padrões. O encontro vocacional para jovens interessadas acontece todos os meses lá mesmo no Convento. Jovens com 18n anos e ensino médio completo, além dos demais atributos requeridos na vocação e doação.
Embora seja uma vida de reclusão do ponto de vista das demandas da modernidade e do mundo social, as irmãs costumam quebrar essa rigidez de isolamento por trabalhos manuais, aulas, orações, catequeses e missões diversas em toda a cidade. Há também irmãs com formação superior em religião e psicologia.
“Freira”, seria um desdobramento da palavra “Frei”. E essas têm a mesma raiz franciscana fazendo votos de pobreza, castidade e obediência, assim como o fez seu fundador, São Francisco de Assis. Irmã Terezinha assumiu sua vocação quando recebeu um convite há muitos anos, num dos encontros vocacionais. Após sua decisão, foi aperfeiçoando a vocação, assumindo os compromissos e cultivando o amor a Deus até tornar-se a missionária que é.
Antenada com o mundo e seus desajustes, Irmã Terezinha não aceita a discriminação racial. “Uma das regras é ser cristão e ter a mentalidade de ser você mesmo diante da modernidade”, afirma a Irmã. No Convento a mais nova tem 25 anos e toma consciência disso.
Pelo símbolo de dedicação, compromisso e firmeza em Cristo, Irmã Terezinha merece a nossa reverência estendida as demais irmãs que fazem a ordem em Bom Conselho. Nos faz sempre lembrar que a obra divina torna-se continuada e imortal em pessoas que doam sua vida para servir, construir um mundo melhor e proclamar o Evangelho para toda a humanidade.
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