Apesar da era do isolamento social imposto pela
pandemia do novo coronavírus, a pequena João Alfredo, a 107 km, no
Setentrional, quebrou todas as regras e foi às ruas se despedir do seu filho
mais ilustre, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP),
que morreu pela manhã no Recife, aos 90 anos, em consequência de complicações
no coração. Até a prefeita Maria Sebastiana (PSD), adversária histórica, foi
vista de máscara no meio de uma multidão emocionada, chorando muito.
O corpo de Severino chegou à cidade no meio da
tarde levado do Recife numa viatura do Corpo de Bombeiros. Uma multidão já se
concentrava na BR de acesso ao centro e acompanhou a carreata. Uma bandeira de
Pernambuco encobria a urna funerária. Os filhos José Maurício, Ana e Catarina
eram vistos o tempo inteiro ao lado do caixão. A prefeita disse que Severino
era amado por um povo que nunca o abandonou, nem mesmo quando ele foi obrigado
a renunciar à Presidência da Câmara e ao mandato de deputado para não ser
cassado. "Nosso Zito amou como ninguém a sua João Alfredo e por isso o
povo esqueceu a pandemia para se despedir dele", afirmou.
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