Por Givaldo do Sindicato
E Bom Conselho completa seus 128 anos de Emancipação Política. É, então, uma adolescente centenária de rosto erguido para o futuro segurando nas mãos o seu passado de lutas, o seu presente de esperanças e confiante no seu amanhã. “Não se pode esconder uma cidade entre os montes”. Na frase bíblica, encontra-se Bom Conselho nascida por entre as serras e vales verdejantes por onde abunda uma terra fértil e vive um povo que acorda cedo, trabalha, sorrir e decanta o sonho de sempre viver dias melhores.
Bom Conselho de suas igrejas guardiãs da fé. Dos casarios antigos cujas eiras e beira denunciam um tempo de apogeu, do café e do gado. Cidade das ruas estreitas formando veias por onde correm o sangue da saga de seus pioneiros e das famílias tradicionais. Casas comuns onde moram um povo agreste que compartilha dores e alegrias na vizinhança. Bom Conselho de suas bandas e fanfarras, dos carnavais memoráveis, dos natais em família e do jejum de procissões de branco celebrando a Páscoa.
Uma
cidade feita por muitas mãos. Das mãos calejadas que rasgam a terra para o
plantio, das mãos das donas de casa, ocupadas com as prendas domésticas, dos
notáveis professores, dos estudantes, das mãos dos santeiros perpetuando em
imagens a fé de um povo e das mãos da gente simples que encontramos nas ruas no
cumprimento de afetos.
Bom Conselho de minha juventude rural. Dos meus amigos multiplicados ao longo dos anos e também da dívida que tenho que pagar por me acolher como berço, me dando família e dias felizes.Com certeza é por isso, que se debruça meu afeto, meu trabalho e meu amor por essa terra. Talvez seja por essa razão que me empenhei a vida inteira para servi-la com trabalho, desenvolvimento para o homem do campo e sempre um olhar atento a chance de fazê-la melhor um dia.
Nesse contexto de seus 128 anos, nosso presente é se fazer presente. Continuar atendendo ao chamado do povo, ouvir a voz das ruas, comungar dos sonhos de todos em mudar para melhor e ajudar construir a cidade que nossos filhos cobram. Sinto que a cidade centenária se enfeita na janela para namorar um futuro bom. Amadurece no tempo de uma colheita nova e ensaia a vontade de muitos para um caminho diferente.
A Bom Conselho e seu povo, todo o meu amor, diluído em certezas de um amanhã onde possa caber todos. Onde as pontes hoje caídas, sejam soerguidas para dar passagem a uma nova história.Falar de Bom Conselho é falar de família, de sonhos, de conquistas que virão e de esperanças que brotam nas ruas dobrando as esquinas nos acordes dos sinos que badalam.
Não embalamos Bom Conselho para presentear ninguém, senão seu povo. Mas embalamos Bom Conselho, nos braços de quem deseja a ela o melhor dos futuros. Parabéns, Bom Conselho! 128 anos de Belezas e Esperanças. Estamos juntos.
Givaldo do Sindicato e família
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